O tendão correspondem à parte do tecido muscular que tem uma característica, flexível e fibrosa, responsável pela conexão dos músculos aos ossos, fazendo um sistema de alavanca.
O tendão pode ser pequeno e delicado, como os dos músculos das mãos, ou maiores como os dos músculos da coxa. Na maioria dos casos, a tendinite ocorres por excesso de uso e/ou por sobrecarga.
A Tendinite é o termo utilizado para descrever um tendão que está inflamado, irritado ou quando sofrem lesões microscópicas.
Quadro Clínico
Dor principalmente ao movimento, dor a palpação no local, inchaço (edema) e calor local.
Principais Tendinites
Tendinite no ombro: A mais comum é do tendão do músculo supraespinhoso, que prende à porção superior do úmero (osso do braço). Na maioria dos casos, o tendão do supraespinhoso é lesado por excesso de uso, tipicamente em uma ocupação ou exercícios que exige elevar o braço acima do ombro repetidamente.
Tendinite no cotovelo: Duas formas de tendinite envolvem geralmente o cotovelo: a epicondilite lateral e epicondilite medial. São causadas por excesso de uso, muito comum entre atletas envolvidos em esportes com raquete.
Epicondilite lateral (cotovelo do tenista): Causa dor no lado externo da articulação do cotovelo. Esta condição afecta 40 a 50% de todos os atletas adultos que praticam esportes com raquete.
Epicondilite medial (cotovelo do golfista): Causa dor no lado interno do cotovelo. É uma lesão menos comum que o “cotovelo do tenista” e, apesar de seu nome, está mais relacionada a uma ocupação que requer movimentos repetidos do cotovelo (como trabalhar na construção civil) do que na prática desportiva.
Tendinite no joelho (joelho do saltador): É a forma mais comum de tendinite do joelho, envolve o tendão da patela (rótula) ou o tendão do quadríceps na parte superior do joelho. É uma lesão comum por excesso de uso.
Tendinite de Aquiles: Esta forma de tendinite afeta o tendão de Aquiles, na parte de trás do pé. Normalmente é causada por excesso de uso, especialmente em desportistas que fazem corridas ou saltos repetidamente, respondendo por 15% de todas as lesões de corrida. Menos frequentemente, a tendinite de Aquiles pode estar está relacionada a uma doença inflamatória, como a Espondilite Anquilosante, a Síndrome de Reiter, a Gota (distúrbio do ácido úrico) ou a Artrite Reumatóide.
Tratamento
De forma geral, o tratamento tem o intuito de diminuir a dor e controlar a inflamação, além de restaurar a função do músculo e a biomecânica do membro afetado. Em alguns casos pode ser prescrito medicamentos anti-inflamatórios para combater a dor, mas a fisioterapia é fundamental no tratamento dessas lesões, uma vez que esta age na causa do problema e não apenas nos sintomas.
Atualmente a técnica mais eficiente para tratamento das tendinopatias, tanto na fase aguda quanto crônica é a EPI – Eletrólise Percutânea Intratissular. Na EPI utiliza-se um aparelho que produz corrente galvânica de alta intensidade, essa corrente é transmitida ao tecido por meio de uma agulha acoplada ao aparelho. A área e gravidade de lesão é visualizada por meio de um ecógrafo e a partir de então, a agulha é introduzida diretamente na área da lesão. Portanto a EPI apresenta como vantagem a produção de uma resposta reparadora localizada, devido o contato direto da área lesionada com a corrente.
Concomitantemente à EPI é necessário trabalho com cargas controladas no tendão lesado para reparação correta do tecido tendíneo.